Curso de Técnicas Alternativas em Saneamento e Construção de Fossa Bio Séptica

Descubra mais sobre esta atividade! A fossa foi construída no Rufino Rocha, que teve seu banheiro reativado.

Análise da qualidade da água de dois pontos de captação do Capão

Com o apoio do IFBA, realizamos a análise da qualidade da água do Batista e de uma nascente na Mata. Clique aqui para saberos resultados!

Curso de Monitores do Projeto Sustentabilidade em Ação

Descubra mais sobre esta atividade! Os monitores realizarão o levantamento de dados no Vale do Capão.

Lixo na comunidade

Você sabe para onde vai o lixo coletado no Capão? Descubra mais sobre o Lixão de Palmeiras.

Vale do Capão

O Vale do Capão é um dos distritos que mais crescem na região. Será que estamos conseguindo preservar este lugar tão bonito com todo esse crescimento desordenado?

Vila do Vale

Você sabe quantas casas existem no Vale? E quantas existiam há 5 anos atrás? Com o auxílio do PSF do Vale e da Prefeitura de Palmeiras trazemos esses dados até você.

APEA-CA

Descubra mais o que a Associação de Pais, Educadores e Agricultores de Caeté-Açu vem fazendo pela comunidade.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Lixo no Capão



Será que os moradores do Capão estão mesmo separando o seu lixo? Veja a entrevista com Paulo, motorista do caminhão de lixo do Capão.





segunda-feira, 24 de março de 2014

Análise da qualidade da água do Capão

Na última 3ªfeira, dia 18/03/2014, a equipe do Projeto Sustentabilidade em Ação, juntamente com alunos e professores do IFBA, analista do ICMBio e moradores do Capão, realizaram a coleta e análise da água de dois pontos de captação no Vale do Capão: o Batista, que abastece a região dos Brancos e a rua do Juca, e a nascente de Dona Alicinha, que abastece parte da região da Mata.



18 alunos do curso técnico de meio ambiente, acompanhados do professor geógrafo Henrique Andrade, chegaram ao Capão logo pela manhã.  Compareceu também o analista do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD - gerido pelo ICMBio), Pablo Lacaze, o presidente da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão, Tuza Guanais, o fiscal da prefeitura do Vale do Capão Roni e o morador Fernando. Antes de sair a campo, o professor Henrique deu uma rápida aula sobre como seria feita a atividade e o biólogo Pablo explicou a todos diversos aspectos do PNCD e da sua área de entorno, como seus objetivos, seus limites, suas características, entre outros. O ponto de encontro foi a Pizzaria la Piedra.




Os alunos então se dividiram em 2 grupos: um seguiu para o ponto de captação de água da cachoeira do Batista, guiados por Roni e acompanhados pelo resto dos presentes, e outro permaneceu na Vila e arredores para aplicação de um questionário que contemplava perguntas sobre a caixa d´água (frequência e forma de limpeza), opinião sobre cloro/flúor e opinião sobre quem deveria gerir a água no Capão.

Após a captação de amostras e realização de alguns testes no Batista, os grupos se encontraram e então trocaram de papéis: o grupo que ficara nos questionários foi visitar a nascente de Dona Alicinha, na Mata, e o grupo que foi ao Batista pela manhã seguiu com a aplicação dos questionários nas regiões dos Brancos e da Mata. Antes de seguirem suas atividades, todos participaram de mais uma exposição do professor Henrique, no Rufino Rocha, quando foram captadas duas amostras de água da torneira para análise dos coliformes fecais. Para esta análise é necessária uma estufa que mantém a temperatura da amostra em 37,5 graus célsius por 15 horas. Infelizmente a estufa, que passou a noite no Rufino, não funcionou e será necessário refazer a análise.



Para realizar as outras análises, o grupo trouxe do IFBA o kit “AlfaKit - Básico Potabilidade”   contendo diversos reagentes para avaliar a potabilidade de acordo com 11 medições. O kit é prático e portátil, permitindo que a análise seja feita no próprio local.


Alfakit para análise de indicadores básicos de potabilidade de água




Bio indicador da boa qualidade da água.


Os resultados das análises apontaram conformidade com os parâmetros definidos pelo ministério da saúde para as substâncias analisadas, com exceção do pH da água, que ficou abaixo do estipulado em ambas as amostras. No batista, o pH ficou em 4,5 e na nascente de D. Alicinha em 5, indicando que as águas são ácidas, resultados que já ocorreram em análises anteriores, segundo os moradores. A ingestão de água ácida, de acordo com especialistas, no longo prazo pode causar problemas gástricos, como gastrites, úlceras e câncer de estômago. 


No final das atividades, todos se juntaram na Pizzaria novamente para comer uma bela macarronada!



O Projeto Sustentabilidade em Ação pretende comprar um Alfakit para a comunidade realizar outros testes. Uma nova visita do pessoal do IFBA está marcada para a 1a quinzena de abril, quando novas análises serão feitas em outros pontos - assim como as análises de coliformes fecais. Divulgaremos em breve a data! Compareça!




Para mais informações sobre os parâmetros de potabilidade de água acesse:

http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua06.html
http://www.jornalbeiradorio.ufpa.br/novo/index.php/2013/142-edicao-110/1419-acidez-das-aguas-minerais-comprovada
http://www.aaguadasaude.com.br/site/blog/agua-alcalina-o-que-e-agua-alcalina-e-porque-beber-agua-alcalina/
http://www.sociedadevegan.com/ph-agua-acidez-sangue-saude

sábado, 22 de março de 2014

Curso de Técnicas Alternativas em Saneamento e Construção da Fossa BioSéptica no Rufino Rocha

No dia 23 de novembro de 2013, um sábado, cerca de 20 moradores voluntários deram início à escavação da fossa bio séptica que seria instalada no curso de Técnicas Alternativas em Saeamento, dentro do contexto do Projeto Sustentabilidade em Ação.

O local escolhido, o espaço comunitário do Rufino Rocha, aonde há aulas de capoeira e música além de um campo de futebol, estava com o banheiro desativado há alguns anos. A antiga fossa desse banheiro, que já estava desativada há alguns anos, era do tipo rudimentar, ou fossa negra: um buraco circular bastante profundo, revertido de pedras e sem qualquer proteção superior, representando um risco para as pessoas que passavam por ali.





Os voluntários trabalharam duro o dia todopara cavar um buraco de cerca de 7 metros de comprimento, por 2 de largura e 1,60 de profundidade. O morador Delson Barbosa, que há muitos anos trabalha com construções no Vale, deu uma ajuda fundamental! A antiga fossa, localizada atrás da nova, foi preenchida com a terra retirada do novo buraco.





Fila de voluntários para transportar os tijolos até o local da fossa.


Escavando! O cano grosso na foto levava a água negra do banheiro para a antiga fossa.



No meio dos trabalhos, todos se juntaram para comer uma feijoada e beber um suco!


Na quinta-feira da semana seguinte, dia 28/11, na sede da APEA-CA na Vila, foi iniciado o curso de Técnicas Alternativas em Saneamento. O curso foi divulgado por cartazes pelo Vale, convites individuais aos pedreiros e outros profissionais da construção, redes sociais e boca a boca entre os moradores. Apesar de o foco do curso ter sido os profissionais da construção, a grande maioria dos alunos era de pessoas interessadas no tema, mas que trabalhavam em outras áreas.

No primeiro dia contamos com a palestra do Dr. Aureo Augusto, médico do posto de saúde do Vale, e morador daqui há mais de 30 anos. Áureo, que foi um dos primeiros moradores “de fora” a chegar no Capão, ofereceu uma palestra muito interessante sobre mudanças ocorridas no Vale nos últimos anos e a importância da conscientização da população sobre os caminhos que queremos para o nosso Vale. Áureo também levantou aspectos sobre a relação entre a saúde e o saneamento, que estão intimamente ligados.






Em seguida, no mesmo dia, a turma contou com um bate-papo com o secretário de meio ambiente do município de Palmeiras, Aruanã de Luccas. Aruanã expôs as novas atividades da secretaria, que começou a regularizar e licenciar os empreendimentos no Capão. O secretário também chamou a atenção para a importância de se dar seguimento à elaboração do Plano Diretor do município, uma ferramenta fundamental para ordenar a ocupação no Vale. Os alunos puderam tirar várias dúvidas, que foram prontamente esclarecidas por Aruanã.


O dia seguinte (29/11) foi com Martin Zuccolotto, especialista em bioconstrução. Martin trouxe para a turma os principais conceitos de bioconstrução, como a importância de se aproveitar os materiais, de se levar em conta as características naturais do local de construção, utilizar materiais naturais, entre outros. Martin também explicou somo seriam as aulas práticas, com a construção de fato de uma fossa bio séptica no Rufino Rocha, nos dois sábados seguintes.



Para preparar o “campo” para a aula de sábado, durante a semana as atividades  no Rufino não pararam! Foi necessário mais trabalho para aprofundar o buraco cavado no mutirão, e o pedreiro Josemar Rocha, com seus ajudantes, fez a base da fossa (piso e paredes). Assim, o local ficou pronto para a aula prática de sábado com toda a turma. 






No sábado, dia 30, às 8:30 da manhã alguns alunos já tinham chegado para a prática e a aula começou. Como as paredes e o piso já estavam prontos, o professor Martin seguir para a explanação sobre a construção da “pirâmide” de tijolos em que toda a água negra do vaso sanitário é despejada. A pirâmide é construída de forma que em seu interior ocorra a digestão anaeróbica (sem ar) da matéria orgânica, que vai escorrendo pelos orifícios do tijolo para fora da pirâmide. No lado “de fora”, dentro da bacia, a digestão vira “aeróbica” (com ar) pelas bactérias que ficam nas pedras porosas, na brita, areia, etc. (veja aqui o processo completo).

Além de aprender como é feita a pirâmide e ver na prática os passos da construção da fossa, os alunos ajudaram no transporte dos materiais (pedra, areia, cimento, brita) e na limpeza da área.





Martin trouxe amostras de água de uma outra fossa ecológica realizada na escola comunitária Brilho do Cristal, localizada bem próximo ao Rufino.


O antigo cano estava entupido e deu um grande trabalho para a equipe descobrir como desentupir! No final, foi necessário trocar parte do cano.


O círculo de bananeiras, além de receber a água cinza do banheiro (água da pia) também servirá como o local de escape caso a fossa exceda o limite de água.







Foi necessário reinstalar o cano de saída de água do vaso sanitário, que também precisou ser trocado.





Instalação do suspiro.







O círculo de bananeira também recebeu atenção do pessoal:



Na aula prática, assim como no mutirão, também teve feijoada!





Na 5ª feira seguinte, dia 5/12, o especialista em banheiros secos e compostagem Nir Kaplan fez uma aula sobre as alternativas ecológicas em saneamento. Nir trouxe exemplos, fotos, vídeos e outros materiais sobre o “absurdo do esgoto”: como descartamos nossas fezes e urina de uma maneira que criamos diversos problemas, enquanto poderíamos estar utilizando este material como adubo. Nir mostrou a história do saneamento, como o hábito de urinar e defecar na água (em vaso sanitário) foi introduzido , e como se tornou a regra no mundo moderno ocidental. Este sistema, no entanto, não é nem um pouco eficaz, e bastante desaconselhável para lugares com escassez de água. Nir apresentou dados sobre a segurança dos banheiros secos, ou seja, com quanto tempo, com os cuidados e condições adequados, os patógenos (bactérias e outros organismos que causam doenças) presentes nas fezes e urina se tornam inofensivos para os homens.





No dia seguinte, sexta-feira, a aula foi um bate-papo com alguns profissionais da construção que atuam no Capão e os professores das aulas anteriores. Foi um momento importante para reflexão sobre a ocupação do Vale, a evolução que ela tem tomado, sua forma e sobre como queremos que ela se dê daqui pra frente. Foi levantada a questão da importância de o município ter um documento que regularize esta ocupação, o Plano Diretor, que dará as diretrizes para os tamanhos de terrenos (cada vez menores), os tipos de fossas, as áreas de comércio, etc.

Na manhã seguinte, sábado dia 7/12, houve a 2ª aula prática no Rufino. Neste dia, já com a estrutura da fossa pronta, ou seja, a bacia e a pirâmide, foi hora de preencher o espaço com as pedras, brita, areia e matéria orgânica. Não foi tarefa fácil carregar as pedras, que foram colocadas cuidadosamente, uma a uma, para não danificar o piso e as paredes da bacia.









O círculo de bananeiras também recebeu cuidados!



Dessa vez foi servido um lanche!






Como a 2ª aula não foi suficiente para finalizar a fossa, afinal ela é bastante grande, com 7 metros de comprimento, 2 de largura e 1,8 de profundidade, foi realizado uma 4ª atividade no local (depois do primeiro mutirão e das duas aulas). No dia 14/11 alguns alunos, a coordenação e o professor Martin se reuniram novamente para depositar a última camada de brita e areia, de matéria orgânica, de terra com adubo e enfim plantar as bananeiras. O pessoal até ajeitou alguns canteiros em volta, inclusive o da placa com as explicações sobre a fossa. O círculo de bananeiras também foi finalizado.
Dentro do banheiro do Rufino foi instalado um novo vaso, a pia- doada pelo posto de saúde – e as instalações hidráulicas foram todas realizadas. Aproveitamos para pintar as paredes e porta do banheiro e realizar alguns consertos nas paredes em volta. O resultado ficou muito bom!







Como sempre, a feijoada e o suco foram servidos!



A equipe do Projeto elaborou alguns avisos internos para que o pessoal que utilizará o banheiro mantenha as condições para que o sistema funcione. Não se pode, por exemplo, realizar a limpeza do vaso sanitário com produtos químicos como água sanitária, pois isso elimina os micro-organismos que fazem toda a “digestão” da matéria orgânica.






A atividade foi produtiva! Esperamos que a nova fossa seja um modelo no Vale para que as pessoas possam aprender e verificar na prática como funciona uma alternativa ecológica, para que as próximas construções contem muito mais com este tipo de alternativa!







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